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A queda da seleção brasileira na copa américa 2024: Um jogo de oportunidades perdidas.

Brasil eliminado da copa America 2024

Brasil é eliminado nos pênaltis pelo Uruguai nas quartas de final após empate sem gols no tempo normal. Em partida marcada por disputas físicas e poucas chances de gol.

A seleção brasileira se despediu da Copa América 2024 de maneira amarga, após um empate de 0 a 0 contra o Uruguai no tempo regulamentar e uma derrota nos pênaltis por 4 a 2. O confronto ocorreu no Allegiant Stadium, em Las Vegas, e foi marcado por uma performance desapontadora dos brasileiros, que não conseguiram aproveitar a vantagem numérica durante parte significativa do segundo tempo.

Uma partida equilibrada e fisicamente intensa.

O jogo começou com ambas as equipes adotando uma postura cautelosa, com o Uruguai de Marcelo Bielsa optando por um estilo de jogo físico, interrompendo o ritmo da seleção brasileira com faltas estratégicas. A partida rapidamente se transformou em um duelo físico, exemplificado pelas 41 faltas cometidas durante os 90 minutos. O Brasil, dirigido por Dorival Júnior, encontrou dificuldades para lidar com a pressão e a abordagem agressiva do adversário.

No primeiro tempo, o Uruguai teve um leve domínio territorial, resultando em escanteios e uma chance clara de gol para Darwin Núñez, que cabeceou livre entre os zagueiros brasileiros após um cruzamento de Nández. O Brasil, por sua vez, teve sua melhor oportunidade aos 27 minutos, quando Endrick, após um erro uruguaio na saída de bola, ficou cara a cara com o goleiro Rochet. No entanto, o jovem atacante optou por um passe para Raphinha, que não conseguiu finalizar com precisão.

Lesões e estratégias.

A partida tomou um rumo diferente aos 33 minutos, quando o zagueiro uruguaio Ronald Araújo saiu lesionado, sendo substituído por Giménez. A partir desse momento, o Brasil teve uma clara chance com Raphinha, que, após receber um passe de cabeça de Paquetá, chutou para fora. O primeiro tempo terminou sem gols, com ambas as equipes tendo oportunidades limitadas e o Brasil mostrando uma abordagem mais direta, com muitos lançamentos e pouca participação do meio-campo.

A segunda etapa e a vantagem numérica.

O segundo tempo começou com a mesma intensidade física. De La Cruz, do Uruguai, recebeu um cartão amarelo após cometer cinco faltas. Dorival Júnior tentou ajustar a equipe, movendo Rodrygo para a ponta-esquerda, na posição de Vini Jr, que estava suspenso. A situação parecia se complicar para o Uruguai quando Nández foi expulso aos 27 minutos, após revisão do VAR por uma entrada dura em Rodrygo.

Com um jogador a mais, Dorival Júnior fez substituições para tornar o Brasil mais ofensivo, mas o time não conseguiu aproveitar a superioridade numérica. O Uruguai, mesmo com um a menos, se manteve firme na defesa e continuou a anular as tentativas brasileiras de criação, levando o jogo para os pênaltis.

Decisão nos pênaltis.

A disputa de pênaltis começou com Valverde convertendo a primeira cobrança para o Uruguai. O Brasil teve um início desastroso quando Eder Militão teve seu pênalti defendido por Rochet. Betancur ampliou para o Uruguai, apesar de Alisson ter acertado o canto da batida. Andreas Pereira fez o primeiro gol do Brasil, mantendo a esperança viva.

Na terceira rodada, Arrascaeta marcou para o Uruguai com um chute indefensável. Douglas Luiz, experiente em cobranças pelo Aston Villa, acertou a trave, colocando o Brasil em uma situação crítica. Giménez, que havia entrado no lugar de Araújo, teve seu pênalti defendido por Alisson, dando um fio de esperança ao Brasil. Martinelli converteu sua cobrança, mas Ugarte selou a classificação uruguaia na rodada seguinte.

Reflexões e futuro.

A eliminação brasileira nas quartas de final da Copa América 2024 deixou um gosto amargo, especialmente considerando que a seleção jogou mais de 20 minutos com um jogador a mais e não conseguiu marcar. A equipe de Dorival Júnior, apesar de sair invicta no tempo regulamentar com uma vitória e três empates, não conseguiu encontrar a consistência necessária para avançar.

A atuação apagada do meio-campo brasileiro, composto por Paquetá, Bruno Guimarães e Rodrygo, refletiu as dificuldades encontradas pela equipe para superar a marcação física do Uruguai. As substituições de Dorival Júnior não surtiram o efeito desejado, e a falta de efetividade no ataque, mesmo com jogadores habilidosos como Raphinha e Endrick, foi um fator decisivo.

Para o Uruguai, a vitória representa um avanço significativo sob o comando de Marcelo Bielsa, que conseguiu montar uma equipe resiliente e eficaz em sua proposta. A classificação para as semifinais contra a Colômbia é um reflexo da determinação e da disciplina tática dos uruguaios.

Considerações finais.

A eliminação do Brasil na Copa América 2024 serve como um lembrete das complexidades e desafios do futebol de alto nível. A seleção brasileira, apesar de seu talento inegável, precisará revisar suas estratégias e melhorar sua resposta a estilos de jogo físicos e bem organizados. 

Para os torcedores, a decepção é grande, mas a esperança de um futuro melhor permanece, com a expectativa de que as lições desta campanha sejam aprendidas e aplicadas nas próximas competições.

Dorival Júnior e sua equipe técnica terão a tarefa de refletir sobre os erros e ajustar a preparação para os próximos desafios, garantindo que o Brasil possa retornar ao topo do futebol sul-americano e mundial.

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