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Brasil empata com a Colômbia e enfrentará o Uruguai nas quartas de final da copa América.

Brasil e Colombia

Em uma exibição apagada, a seleção brasileira de Dorival Júnior encontra dificuldades e precisa ajustar a estratégia para os desafios que virão.

Em uma noite marcada por frustração e desajustes táticos, o Brasil empatou com a Colômbia por 1 a 1 na última rodada da fase de grupos da Copa América. Esse resultado garantiu a classificação da seleção brasileira na segunda colocação do Grupo D, com cinco pontos, e estabeleceu um confronto nas quartas de final contra o Uruguai, que chega invicto e embalado sob o comando de Marcelo Bielsa.

Primeira etapa: Gol de Raphinha e supremacia colombiana.

Desde o início, a expectativa era de que o duelo contra a Colômbia seria o mais desafiador para a equipe de Dorival Júnior nesta fase. No entanto, a seleção brasileira começou bem, com Raphinha se destacando como o principal articulador das jogadas ofensivas. Aos 15 minutos, em uma cobrança de falta magistral, o camisa 11 colocou o Brasil em vantagem, reforçando sua importância no elenco após ter começado no banco contra o Paraguai.

Apesar do gol inicial, a Colômbia não se intimidou e passou a dominar a partida. Com uma forte imposição física e um meio-campo sólido, os colombianos conseguiram controlar as ações e dificultar a criação de jogadas brasileiras. Aos 32 minutos, o lateral Muñoz empatou a partida, aproveitando uma falha coletiva da defesa brasileira em uma jogada de bola parada.

Segunda etapa: Alterações ineficazes e perda de ímpeto.

No segundo tempo, Dorival Júnior tentou ajustar a equipe, mas suas mudanças acabaram prejudicando o desempenho do time. Raphinha, que vinha sendo o jogador mais perigoso, foi deslocado para o meio e, posteriormente, para a lateral-esquerda, diminuindo consideravelmente sua influência ofensiva. Essas alterações ilustraram a dificuldade do treinador em encontrar uma solução eficiente para superar a organização colombiana.

A insistência no esquema 4-3-3 se mostrou um erro, especialmente diante da forte presença física do meio-campo colombiano. A falta de criatividade e a exposição defensiva foram problemas evidentes ao longo de toda a segunda etapa. Jogadores como João Gomes e Bruno Guimarães não conseguiram impor seu ritmo e cometeram muitos erros, sem que o treinador realizasse substituições necessárias a tempo.

Substituições: Pouca efetividade e tentativas frustradas.

As substituições de Dorival Júnior não surtiram o efeito desejado. A entrada de Andreas Pereira no lugar de Lucas Paquetá foi uma tentativa de dar mais mobilidade ao ataque, mas o jogador do Fulham, improvisado como centroavante, teve um impacto limitado. Ainda que Andreas tenha mostrado mais disposição defensiva do que Paquetá, sua atuação não foi suficiente para alterar o panorama da partida.

Outras alterações, como a entrada de Antony e a troca de laterais, também não conseguiram criar oportunidades claras de gol. O Brasil terminou o jogo sem conseguir impor seu estilo de jogo e foi dominado pela Colômbia, que, apesar de não ter criado muitas chances claras, foi superior na maior parte dos 90 minutos.

Análise das atuações individuais.

Embora a equipe como um todo tenha apresentado um desempenho abaixo do esperado, alguns jogadores merecem destaque. Raphinha foi, sem dúvida, o melhor em campo pelo lado brasileiro. Seu gol de falta foi um dos poucos momentos de brilho da seleção e ele continuou a ser uma ameaça constante enquanto esteve em sua posição de origem.

Por outro lado, o sistema defensivo mostrou-se vulnerável. Éder Militão e Gabriel Magalhães tiveram dificuldades para conter os avanços colombianos, especialmente nas jogadas aéreas. No meio-campo, a dupla formada por Bruno Guimarães e João Gomes não conseguiu controlar a posse de bola nem distribuir bem o jogo, o que prejudicou a transição da defesa para o ataque.

Próximo desafio: Uruguai de Marcelo Bielsa.

Classificado em segundo lugar no grupo, o Brasil terá pela frente um desafio ainda maior nas quartas de final: o Uruguai. A seleção uruguaia, comandada por Marcelo Bielsa, venceu todas as suas partidas na fase de grupos e demonstrou um futebol eficiente e organizado. Bielsa, conhecido por sua capacidade de preparar equipes taticamente, será um adversário duro para Dorival Júnior.

O Brasil precisará ajustar sua estratégia se quiser avançar. A equipe deve encontrar um equilíbrio entre a criatividade no ataque e a solidez defensiva, algo que faltou contra a Colômbia. A adaptação de jogadores como Raphinha será crucial, e Dorival Júnior terá que evitar mudanças que comprometam o desempenho de seus principais atletas.

Conclusão: Lições e ajustes necessários.

O empate com a Colômbia serve como um alerta para a seleção brasileira. A atuação abaixo do esperado expôs fragilidades que precisam ser corrigidas urgentemente. Dorival Júnior terá que refletir sobre suas decisões táticas e a gestão do elenco para evitar que os mesmos erros se repitam contra o Uruguai.

A Copa América é um torneio de superação e ajustes rápidos. Se o Brasil deseja conquistar o título, será necessário demonstrar uma evolução significativa nas próximas partidas. A seleção tem talento e potencial, mas precisa de um plano de jogo mais coeso e eficaz. O duelo contra o Uruguai será um verdadeiro teste de fogo, e apenas uma performance impecável garantirá a vaga nas semifinais.

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